Journée internationale de lutte pour les droits des femmes

dia das mulheres

O dia 8 de março é conhecido como o dia internacional da mulher, em francês, la journée internationale de lutte pour les droits des femmes. Mais do que presentes e homenagens, essa data é marcada pela busca por igualdade de direitos.

A origem da celebração encontra-se em manifestações e lutas travadas tanto no continente americano, quanto no europeu, revindicando o direito de voto para as mulheres, o direito ao trabalho e o fim das discriminações.

A iniciativa para o dia internacional da mulher nasceu em 1910, quando a líder socialista alemã Clara Zetkin propôs a instituição de uma celebração anual das lutas pelos direitos das mulheres trabalhadoras, sem contudo fixar uma data específica. No entanto, a internacionalização da data só aconteceu em 1977, quando a ONU adotou uma resolução levando seus países membros a celebrar o Dia Internacional da Mulher pelas Nações Unidas, no dia 8 de março de cada ano. O objetivo é lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, independentemente de divisões nacionais, étnicas, linguísticas, culturais, econômicas ou políticas.

E a luta continua. O tema da ONU para o #8M 2020 é Je suis de la Génération Égalité : Levez-vous pour les droits des femmes ! Na versão oficial em português, “Eu sou a Geração Igualdade: concretizar os direitos das mulheres”. O mote está alinhado com a nova campanha multigeracional da ONU Mulheres, Geração Igualdade, que marca o 25º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim. Adotada em 1995, na 4ª Conferência Mundial sobre as Mulheres, na China, a Plataforma de Ação é reconhecida como o roteiro mais progressista para o empoderamento de mulheres e meninas no mundo inteiro.

Confira a página oficial em francês clicando aqui.

Para marcar a data, montamos uma lista de sugestões para que você pratique francês prestigiando o trabalho de incríveis artistas da língua francesa na música, cinema e literatura. Aproveite!

 

Musique

Zaz

Isabelle Geffroy, mais conhecida pelo nome artístico Zaz, é uma cantora francesa que mescla música francesa com o gypsy jazz. Ela ficou famosa com sua canção “Je veux”, tema de seu primeiro álbum, Zaz. Confira!

 

Héloïse Letissier

Héloïse Letissier é uma cantora e compositora francesa, mais conhecida pelo nome artístico Christine and the Queens. Seu trabalho combina música, vídeos, desenhos e fotografia. Confira o clipe da canção Christine!

 

Cinéma

Agnès Varda

Cléo das 5 às 7 (1961)

De uma das maiores e mais conceituadas diretoras de todos os tempos, o filme conta a história de Cléo, uma cantora que faz um exame para descobrir se está com câncer. O resultado sai em duas horas, então ela decide andar pelas ruas da cidade enquanto aguarda. Cheia de dúvidas sobre como deve agir diante da doença, acaba cruzando com Antoine, um jovem militar que está prestes a partir. Um olhar sensível sobre as relações, dúvidas e propósitos da vida. Assista ao trailer!

 

Claire Denis

Bom Trabalho (1999)

Claire Denis, cineasta e escritora francesa, foi consagrada com esse filme. Através de um olhar sobre os corpos e o cotidiano de um grupo de soldados franceses da Legião Estrangeira, que foram abandonados no golfo de Djibouti, na África, Denis estabelece uma nova forma de representação da masculinidade no cinema, atravessando a violência da situação que permeia as vidas desses homens para reestabelecer o lugar de afeto entre eles e o mundo. Assista ao trailer!

 

Littérature

Marguerite Duras (1914-1996)

Marguerite Duras, pseudônimo de Marguerite Donnadieu foi uma romancista, novelista, roteirista, poetisa, diretora de cinema e dramaturga francesa, sendo considerada uma das principais vozes femininas da literatura do Século XX na Europa. Indicamos a leitura de “O Amante” (1984), considerado o livro mais autobiográfico da escritora, recebeu o Prêmio Goncourt, o mais importante da literatura francesa e se consagrou como sua obra mais célebre.

Nadine Gordimer (1923-2014)

Nadine Gordimer foi uma escritora sul-africana. É autora de mais de 30 livros, na sua maioria crônicas sobre a deterioração social que afetou a África do Sul durante o regime do Apartheid. Seus livros ganharam notoriedade internacional e ela recebeu um Nobel de Literatura em 1991. Indicamos a leitura de “A filha de Burger” (1979), romance inicialmente proibido na África do Sul, se passa nos anos 70, em Joanesburgo, onde ser branco ou negro faz toda a diferença. Rose Burger, ainda menina, vê o seu pai, branco, ativista anti-apartheid, ser preso.