A tradição da França na fotografia com cinco grandes fotógrafos

A França tem uma longuíssima tradição na fotografia – afinal foram os próprios franceses que a inventaram, vide Louis Daguerre, com seu famoso DAGUERREOTYPE (daguerreótipo) desenvolvido em 1837, e Nicéphore Nièpce.

Portanto, desde o século XIX, há gente que desenvolveu a fotografia como documento e arte, com diversos fotógrafos que se tornaram os grandes intérpretes imagéticos de seu tempo. Confira cinco entre os maiores e deleite-se com seu trabalho!

Félix Nadar (1820-1910)

Charles Baudelaire, fotografado por Nadar

Nadar, pseudônimo de Félix Tournachon, tinha muitos talentos: era caricaturista e escritor, mas ficou mesmo para a história com seus impressionantes retratos de personalidades francesas do século XIX. Ele era considerado o fotógrafo dos artistas simbolistas e impressionistas: em sua galeria, há criadores consagrados como os escritores Jules Verne, Victor Hugo, George Sand, o poeta Charles Baudelaire, o escultor Auguste Rodin, a atriz Sarah Bernardt (veja na galeria de fotos), entre muitos outros. Em suas publicações, Nadar também publicava suas próprias caricaturas, baseadas em pessoas públicas da época.

 

Eugène Atget (1857-1927)

O Panthéon de Paris, resultado das perambulações de Eugène Atget

FLÂNEUR (perambulador) por excelência, Atget passou a vida toda em Paris, que retratou em suas fotografias com ruas vazias, em objetos inusitados, inaugurando a fotografia urbana. Durante 25 anos, o fotógrafo levou uma extenuante, porém fascinante rotina: ele carregava uma câmera grande e pesada, um tripé de madeira e uma caixa de placas fotógraficas de 18x24cm, um conjunto que pesava mais de 15kg (na época ainda não havia as câmaras portáteis). Foi um passo adiante de Nadar, já que, até Atget, a fotografia era concentrada principalmente nos retratos.

 

Henri Cartier-Bresson (1908-2004)

De Cartier-Bresson, homem descendo a rua de bicicleta em Hyères, França, 1932.

Um dos fundadores da emblemática Agência Magnum, Cartier-Bresson documentou o mundo nas páginas de revistas como Life, Vogue, Harper’s Bazaar, fotografando as histórias e incríveis ângulos nos cinco continentes. Em contraposição ao pesado equipamento de Atget, Cartier-Bresson carregava consigo apenas sua famosa câmera Leica (de fabricação alemã), inaugurando o conceito do enquadramento – e do momento – perfeito, e produzindo algumas das imagens mais icônicas do século XX.

 

Robert Doisneau (1912-1994)

“O beijo no Hôtel de Ville” (1950), de Robert Doisneau

Um dos fotógrafos mais populares e queridos da França, Doisneau era apaixonado pelas fotografias de rua, retratando a vida pulsante de urbe parisiense e seus arredores. Nomeado CHEVALIER (cavaleiro) da LÉGION D’HONNEUR (Legião de Honra) em 1984, Doisneau era herdeiro cultural de Atget e do próprio contemporâneo Cartier-Bresson, em seu retrato das classes sociais que conviviam na França do século XX, com imagens que traduziram e se tornaram símbolo do país.

 

 

 

 

Yann Arthus-Bertrand (1946-)

Imagem que ilustra a capa do livro “A terra vista do céu”, de Yann Arthus-Bertrand

Único fotografo “em cores” desta breve galeria, Yann Arthus-Bertrand é fotógrafo, jornalista e ambientalista. Seu foco é literalmente bem mais amplo que o de seus predecessores, pois a especialidade de Arthus-Bertrand, e o que lhe deu notoriedade em todo o mundo, são as fotografias aéreas clicadas em diversas partes do mundo a partir de helicópteros ou até balões. Ele lançou mais de 60 livros de fotos e teve seu trabalho publicado em revistas especializadas em viagens e natureza como a americana National Geographic.

 

 

Claro que há muitos outros grandes nomes da fotografia francesa de antigamente e de agora, como Pierre Verger, Cathérine Leroy, Brassaï, JR, entre tantos outros e outras.

Gostou desse conteúdo? Venha para o Instituto Roche e mergulhe na língua e cultura francesas, em um método de ensino com 48 anos de história! Chame a gente pelo WhatsApp.